sábado, 10 de novembro de 2007

Homens, Árvores e Vidas

Por Diego Silva

Em toda existência humana podemos notar visíveis mudanças de caráter físicos e emocionais. Quando falamos de Seres Humanos, falamos de algo complicado, em que nos chama a atenção sabermos que somos, nós, alvos de “auto-estudos”, em um ambiente por vezes ametódico, diligente e abastado de preocupações. A sociedade atual é composta por inúmeros tipos de personalidades, crenças, gostos e padrões, tais estes que são individualizados. Cada qual exercendo sua função na sociedade e com seus ideais em questão... distintos por sinal! Há aqueles que se destacam no campo profissional e material e também os felizes na vida sentimental, há os que dão a vida em favor das causas amadas e os que se entregam a amores desejados. Cada qual de maneira peculiar.

Ao observar uma floresta podemos constatar que o conjunto da vegetação produz um ambiente inigualável. Límpido. Verde. Relaxante. Bucólico. Cada vegetação com sua especialidade e particularidade. Há árvores que aprofundam suas raízes de tal maneira que torna impossível arrancá-las. Também existem aquelas que vivem muito tempo sem se abastecer daquilo que as sustenta. Cada árvore em especial fornece seu fruto e de maneira eficaz mantêm a vida em vida.

Apesar das divergências de ambientes, pode se dizer que os seres humanos, apesar de viverem em meio ao caos, são bem assemelhados as árvores. Não nos encontramos em um clima calmo e muito menos relaxante, mas a sociedade é dotada de seres “frutíferos”.

Em um belo dia foi plantada a semente do amor, que germinou com a inocência de um embrião, cresceu regada da excelência da vida e amadureceu com a ambientação, oferecendo maus e bons frutos. Frutos estes, que são colhidos a cada dia que passamos nesse grande globo circular chamado Terra. O grande diferencial de nós, seres humanos, para as árvores, é que podemos escolher que tipo de frutos desejamos oferecer. Sejam estes agradáveis ou não. Os que se achegam para colher estes frutos nos dão o reflexo do que estamos oferecendo.

Alguns têm o dom de se assemelhar a grande e forte árvore da amizade, que em momentos de intenso calor, provação e fadiga oferecem suas copas verdes e cheias de vida àqueles que procuram uma sombra para se recostar. Há os que têm o dom de se assemelhar a intensa e frutífera árvore do amor, que de início é pequena e frágil, mas com tempo torna-se grande forte e fornece frutos maravilhosos. Estes frutos são mais conhecidos como filhos. Essas são boas árvores.

Entretanto alguns têm o dom de se assemelharem a árvore da cólera, que é grande e toma boa parte dessa imensa floresta em que vivemos. Quem come de seu fruto, mesmo que não ocorra de maneira instantânea, morre e desfalece. Essa, e muitas outras, são árvores más.

Ao longo de toda sua caminhada, o homem tem perdas e ganhos, erros e acertos, vitórias e derrotas, amores e ódio e vida ou morte. As árvores têm seus frutos colhidos, arrancados, tirados... Encarem como quiser, e de quando em vez, devem ser podadas para que as raízes sejam fortalecidas e cresçam.

Mas será que o homem sabe conviver com as perdas? Ele continua sendo o mesmo homem? De certo que não, mas para subir nessa longa e árdua escada da vida, devem-se galgar os passos de maneira calma e objetiva. Mesmo que haja perdas e tropeços, que entendamos... Tudo é para a nossa evolução.

Assim, procure refletir um pouco:

Uma árvore mesmo sem os ramos e frutos continua sendo uma árvore?

Um comentário:

Brilho de Fogo disse...

Daew Maninho... arrasando nos textos... show de bola!!! Esse seu texto é muito bom...