quarta-feira, 21 de novembro de 2007

A balança da vida

Por Diego Silva


No filme “Click”, Michael Newman (Adam Sandler) é um jovem e bem-sucedido arquiteto que continua ambicionando conquistas em sua carreira profissional. Ele pretende ascender à condição de sócio da empresa onde trabalha e na qual é considerado um dos melhores profissionais que ali atuam. O proprietário da firma, conhecedor do talento e do interesse de Newman, a todo o momento o provoca e estimula a dar mais de si para a empresa ao prometer-lhe cargos melhores e sociedade na empresa. Newman tem uma bela esposa e dois filhos. Ama profundamente os membros de sua família e a considera seu maior tesouro. Por isso mesmo, acredita que deve se sacrificar ao máximo em sua carreira para atingir uma condição invejável dentro da empresa. Busca com isso a solidez financeira que irá permitir conforto e qualidade de vida elevada para sua mulher e as crianças.

Para que isso aconteça, ele trabalha muito, até mesmo quando está em casa. Por vezes adormece no sofá de tanto trabalhar e em várias ocasiões fica tão confuso que ao parar para descansar acaba sempre se confundindo com os controles remotos que acionam a TV, o ventilador ou o portão da garagem. Isso sempre o deixa nervoso e, por isso, numa dessas ocasiões ele sai de casa em direção a uma loja de departamentos para comprar um controle remoto universal... O que ele não sabe é que o aparelho que está adquirindo não serve apenas para ligar as quinquilharias domésticas que possui. Esse controle mexe, na verdade, com o ritmo e os rumos de sua vida. Permite que ele esteja presente em alguns momentos ao mesmo tempo em que adianta seus projetos ou acelera os momentos ruins e diminui o desenrolar dos acontecimentos bons...

O mais engraçado disso tudo, é que às vezes não percebemos a maneira que devemos agir em nossas próprias vidas. Não que sempre tenhamos a resposta para todas nossas indagações, isso seria uma utopia, mas sempre queremos solucionar o que nos aflige. De fato, após assistirmos o filme, refletimos sobre como somos vulneráveis aos nossos erros e que o livre arbítrio que temos nos permite traçar nosso caminho. Podemos dizer que a vida é semelhante a uma balança, em que devemos pesar todas as nossas metas e planos, para não cometermos um erro muito comum chamado: Priorização. Essas prioridades devem ser “pesadas” por nós, para que não haja falhas. De certo que em momentos priorizamos a vida profissional, em outros priorizamos a vida sentimental. Mas não podemos esquecer que se não ajustarmos as medidas, um dos lados dessa balança chamada “vida” sucumbe ao peso do lado oposto.

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